Os desafios e oportunidades da descarbonização global

Para promover o desenvolvimento de suas economias, países do mundo inteiro precisaram, desde a Revolução Industrial, queimarem combustíveis fósseis como carvão e petróleo – o que resultou em um aumento considerável de dióxido de carbono (CO2) e outras emissões de gases de efeito estufa (GEE) na atmosfera. Porém, há alguns anos, diante das mudanças climáticas, o alerta foi ligado e surgiu a necessidade de incluir – e com urgência – a descarbonização como uma das principais metas para reduzir a concentração desses poluentes na atmosfera e garantir o futuro para as novas gerações.

Assunto cada vez mais estratégico para as empresas, a prática, é, sem dúvida, um fator que vem ganhando espaço como um importante pilar para a promoção da sustentabilidade, além de estimular à inovação e o crescimento econômico.

O que é a descarbonização?

Quando você, ao ir para o trabalho, decide trocar o carro pela bicicleta, está promovendo uma das muitas práticas para a descarbonização.

Portanto, a descarbonização consiste em reduzir todas as ações que promovem as emissões de CO2, GEE, entre outros poluentes na atmosfera.

No entanto, essa ação só é possível com o apoio de indústrias, empresas e sociedade. Desta forma, uma das iniciativas mais eficientes para alcançar esse objetivo é trocar combustíveis fósseis por fontes de energia renovável como hidráulica, solar, eólica e biomassa.

Como fazer a descarbonização?

Na prática, é preciso incentivar o investimento nessas fontes e otimizar o consumo de energias renováveis, que não emitem CO2 durante a geração de eletricidade.

Com o objetivo de melhorar a eficiência energética por meio do uso racional de energia em edifícios e indústrias, existe um rol de ações importantes que podem – e devem – ser realizadas. É aí que o Mercado Livre de Energia surge como uma solução interessante já que os consumidores têm a liberdade de escolher seus fornecedores e os contratos de fornecimento, ampliando a demanda por energia mais limpa e impulsionando investimentos em fontes renováveis.

As indústrias têm um papel importante na adoção de tecnologias mais limpas em seus processos e, também, na atuação para identificar todos os riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas. Nesse contexto, é importante que esse setor avalie as ações de adaptação aos eventos climáticos extremos, já que eles podem provocar impactos financeiros, além de danos às instalações das empresas.

É interessante promover o uso do transporte coletivo, veículos elétricos e híbridos, além de mobilidades não motorizadas como ciclismo e caminhada.

E, não menos importante, a sociedade precisa se comprometer com a reutilização, reciclagem e recuperação de materiais para reduzir a necessidade de produção de novos materiais e, consequentemente, as emissões associadas.

E quais são os benefícios dessa prática?

Reduzir ou, se possível, eliminar as emissões de carbono na atmosfera traz uma série de benefícios para o meio ambiente. Dentre os quais, podemos destacar a redução do aquecimento global e a melhoria da qualidade do ar que, como consequência, resultam na redução nos casos de doenças respiratórias e cardiovasculares. Ou seja, melhora a qualidade de vida e a saúde da população.

Por meio da descarbonização, é possível criar oportunidades de emprego em setores como energias renováveis, eficiência energética e transporte sustentável, contribuindo para uma economia mais verde e inclusiva.

A redução das emissões de carbono pode ajudar ainda na preservação de ecossistemas naturais, reduzindo o impacto das mudanças climáticas na biodiversidade.

Clube do Clima

Em dezembro de 2023, líderes do G7, formado pelas sete maiores economias ricas do planeta, anunciaram a criação do Clube do Clima, iniciativa que visa a criação de um grupo de países dispostos a adotarem regras e padrões para indústrias que queiram reduzir as emissões do CO2.

Acesse o acordo do Clube do Clima.

Em 2022, a Cemig aderiu ao Movimento Ambição Net Zero, do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU). Os esforços globais liderados pela organização preveem a redução coletiva de duas gigatoneladas de CO2 e de emissões acumuladas até 2030 em todo o mundo.

Por meio dessa iniciativa, busca-se tomar medidas rigorosas e imediatas para reduzir pela metade as emissões globais até a próxima década e zerar as emissões líquidas de GEE até 2040.

Conheça mais sobre o Movimento Ambição Net Zero

Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2023

Lançado em novembro de 2023, antes da COP28, a Cúpula do Clima de 2023 em Dubai (Emirados Árabes Unidos), o Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2023 alerta que as emissões de GEE previstas para 2030 devem cair entre 28% e 42% para se limitar o acréscimo previsto da temperatura global a 2°C e 1,5°C.

Leia aqui o Relatório sobre a Lacuna de Emissões 2023.

Conforme indicado no relatório, é recomendado que todos os países incentivem, globalmente, mudanças em direção ao desenvolvimento de baixo carbono em suas economias, com ênfase na transição energética e uso proveniente de fontes de energia renovável.

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